O Mercado Livre  (Nasdaq: MELI) — empresa líder em tecnologia para e-commerce e serviços financeiros da América Latina — encerrou o terceiro trimestre com forte desempenho, alavancado pela combinação entre rápido crescimento, ganhos de escala e melhorias de margem, comprovando a força do seu modelo econômico. O investimento em tecnologia melhora a experiência do usuário, ao mesmo tempo em que permite maior eficiência de custos. No período, sua receita total alcançou US$ 3,8 bilhões, alta de 39,8%, em dólar, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Considerando as três principais geografias, a receita do México avançou 66%, seguido de Brasil, onde subiu 40%, e de Argentina a 22% de crescimento na comparação anual. A receita segue alavancada pelo aumento da base de usuários. O resultado operacional apresentou aumento de mais de 100% pelo quarto trimestre consecutivo, chegando a um novo recorde de US$ 685 milhões, crescimento de 131,4% em dólar, ano contra ano, — com forte contribuição do Brasil e México — e margem de 18,2%.

Entre julho e setembro, o lucro líquido chegou aos US$ 359,0 milhões — US$ 7,18 por ação — 178,2% acima, em dólar, na comparação anual. A geração de caixa operacional se manteve resiliente no período, permitindo que a posição total atingisse US$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre de 2023. 

A receita líquida do negócio de commerce aumentou 45,2% em dólar, na comparação anual, para mais de US$ 2,1 bilhões, resultado do maior volume de vendas no período, quando o total de compradores únicos atingiu a marca histórica de 50,3 milhões, alta de 18,4%. Como resultado, cresce a participação de mercado, principalmente no Brasil e México. Já a receita líquida de fintech atingiu US$ 1,6 bilhão, crescimento de 33,2% em dólar, com leve aumento no ritmo das originações de crédito e crescimento do volume total de pagamentos. No terceiro trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 48,8 milhões de usuários ativos, alta de 17,2% — somente nos últimos 12 meses, mais de 7,1 milhões de usuários foram adicionados.

Com forte contribuição de todas as geografias, tanto em commerce como em fintech, o crescimento das receitas acelerou. O México foi particularmente forte, com receitas subindo acima de 60% em relação ao ano anterior, enquanto o Brasil também apresentou um ótimo desempenho com cerca de 40% de crescimento. Ambos os países ampliaram, mais uma vez, sua contribuição para as receitas totais do ecossistema. O forte desempenho dos negócios, combinado com a disciplina de custos, contribui com a diluição de despesas operacionais à medida que o negócio avança. O resultado operacional mais do que dobrou na comparação anual, pelo quarto trimestre consecutivo, com expansão de margens. O Brasil foi o maior contribuinte para o aumento do lucro no período.

“Vimos um terceiro trimestre com sólidos resultados operacionais e financeiros, com melhorias em todas as geografias, tanto em e-commerce como em fintech. Durante 2023, nosso ecossistema continua demonstrando sua capacidade de alcançar um crescimento sustentável e melhorar sua rentabilidade”, afirma Andre Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre. “No restante deste ano, continuaremos investindo em nossa tecnologia, permitindo continuar com a inovação para criar soluções para as diferentes necessidades dos nossos usuários. Estamos otimistas com as oportunidades de crescimento que temos pela frente”, completa.

Commerce

O volume de vendas (GMV) do marketplace superou os US$ 11,4 bilhões pela primeira vez, alta de 31,8% em dólar, ano contra ano. A aceleração do GMV, puxada pelo crescimento expressivo no volume de itens vendidos, foi observado nas três principais geografias, incluindo itens por comprador. Ao todo, foram comercializados 357,0 milhões de itens na América Latina, aumento de 25,6%, sendo 7,1 itens por comprador único. O volume total de produtos registrados na plataforma chegou a 456,8 milhões, aumento de 15,0%.

No trimestre, os três principais mercados entregaram sólido crescimento no volume de vendas em dólar, sobretudo o Brasil, que avançou 37,5%, e México a 59,3%. O Brasil se destaca pelos ganhos de participação de mercado, onde o GMV é impulsionado pelo volume de itens vendidos, que subiu 27,1% ano contra ano — a maior taxa de crescimento desde o quarto trimestre de 2021. Já o México, com forte crescimento do GMV,  também foi impactado pelo maior volume de itens vendidos, alta de 38,2%, chegando ao seu nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2021. A Argentina, por sua vez, apresentou desempenho melhor, com o crescimento de itens vendidos acima de 12,6%, impactado por novos compradores.

Em toda América Latina, 349,8 milhões de itens foram enviados, aumento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Seguem significativos os avanços na execução da operação logística, com mais de 94,2% correspondente à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 48% dos envios via modelo fulfillment, um novo recorde acima dos 40% registrados no mesmo trimestre do ano passado. A área logística se mantém como um dos principais destinos do investimento realizado pela companhia, contribuindo com o envio rápido que gera uma melhor experiência e conversão. As entregas dentro do prazo atingiram níveis recordes no Brasil, México, Chile e Colômbia. Do volume geral de mercadorias, 78,3% foi entregue em até 48 horas, na região, e cerca de 54% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra.

Os serviços de publicidade digital, liderados por Mercado Ads, mantêm ritmo de crescimento, sobretudo devido ao aumento no número de vendedores que usam esse serviço e à constante melhora da performance e engajamento dos anúncios no ecossistema. No terceiro trimestre, sua receita cresceu de forma acelerada, acima de 70% em moeda constante e pelo sexto trimestre consecutivo, correspondendo a cerca de 1,7% do GMV da operação de marketplace.

Fintech

O volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 47,3 bilhões pela primeira vez, crescimento de 46,9% em dólar, ano contra ano. O volume de pagamentos fora da plataforma do Mercado Livre acelerou nos principais mercados, em resposta ao aumento no número de usuários e maior engajamento com o ecossistema, à medida que o Mercado Pago é cada vez mais adotado pela sua oferta abrangente de serviços financeiros.

Ao final do terceiro trimestre, a companhia atingiu mais de 26,1 milhões de usuários únicos de produtos de investimento na América Latina, aumento de 34,0%. O volume total de transações (TPN) no período aumentou 74,2%, ano contra ano, superando 2,5 bilhões no terceiro trimestre pela primeira vez. O volume total de pagamentos via Mercado Pago, fora da plataforma do Mercado Livre, também mantém ritmo de crescimento, atingindo US$ 35,3 bilhões, alta de 52,9% em dólares.

No Brasil, cresceu em 41,9%, em dólar, o TPV fora da plataforma do Mercado Livre, a partir da forte tendência de crescimento no processamento de pagamentos e na conta digital. Já o México, que experimenta sólido crescimento e lucratividade, viu seu TPV fora da plataforma superar o volume de pagamentos dentro do ecossistema do Mercado Livre pela primeira vez em setembro, com crescimento acima de 122,7% em dólar, impulsionado pelos pagamentos digitais e via terminais físicos. O crescimento acelerado dessa operação, com destaque para cartões e produtos de crédito, permite o ganho de market share ao mesmo tempo em que avança a adoção de pagamentos digitais no mercado mexicano.

Na Argentina, por sua vez, o Mercado Pago tem avançado na percepção de marca, à medida que suas soluções têm apoiado usuários diante do cenário inflacionário, sobretudo com os benefícios da conta digital, para pagamentos fora da plataforma do Mercado Livre, e da conta remunerada — esta que superou a marca de 10 milhões de clientes pela primeira vez, com volume financeiro investido cinco vezes maior ano contra ano. Com uma base de negócio sólida, as operações seguem crescendo substancialmente, à frente da inflação.

No período, foram distribuídas mais de 2,1  milhões de apólices de seguros, volume 152,7% maior do que aquele registrado no terceiro trimestre do ano passado. No Brasil, México e Argentina, a companhia manteve sua oferta de produtos de seguro, tanto no marketplace como em fintech, com destaque para seguro de vida, garantia estendida e de conta, que continuam superando expectativas em volume de apólices emitidas por usuário.

A carteira de crédito cresceu 22,6% na América Latina, ano contra ano, atingindo US$ 3,4 bilhões. O período foi marcado pela boa lucratividade, resultado de uma postura que se manteve cautelosa em relação a originações, cuja inadimplência se manteve saudável em operações de maior exposição, até 90 dias. A emissão de novos cartões de crédito foi acelerada na região, no terceiro trimestre, onde a operação superou a marca de US$ 1 bilhão em volume total de pagamentos pela primeira vez, crescimento de quase 70% ano a ano. Destaque para Brasil e México, onde aumentou o investimento na capacidade de crédito em decorrência da melhora significativa na qualidade dos ativos nos últimos 12 meses. O desenvolvimento de produtos contribuiu para a melhoria dos modelos de análise de crédito, permitindo ampliar a oferta de linhas maiores, com durações mais longas, a um número ainda maior de consumidores.